Trabalhadores e direção da Empresa Brasileira de Correios e Telegráfos (ECT) não chegaram a um acordo. Na manhã desta quinta-feira, 17, eles participaram de audiência conciliatória com o ministro Rider Nogueira Brito, do Tribunal Superior do Trabalho (TST). De acordo com Reinaldo Real, diretor do sindicato da categoria na Bahia, o Sincotelba, sem consenso, a greve continua, completando hoje 16 dias de paralisação.
Como o impasse continuou, Rider Brito marcou uma audiência de julgamento para 14 de agosto, quando o relator, o ministro Maurício Godinho Delgado, vai submeter a greve à avaliação dos outros ministros. “Eles vão julgar se a greve é abusiva ou não e se acharem que é, vão estabelecer multa diária. Aí vamos avaliar se podemos bancar a multa ou não. Até lá a greve continua”, garante Reinaldo.
A proposta dos trabalhadores é o adicional de risco de 30%, discutir o Plano de Carreira, Cargos e Salários (PCCS), negociar os dias parados e manter o abono de R$260 fixos para os atendentes comerciais e operadores de transbordo.
A assessoria da ECT não soube informar qual é a proposta da empresa. Mas, de acordo com Reinaldo, a ECT aceitou discutir o PCCS e pagar o adicional, mas apenas por mais três meses, depois pagaria o abono de atividade, no valor fixo de R$260. A ECT vai cortar metade dos dias parados e regulariza o pagamento dos benefícios assim que a greve terminar.
Depois da reunião, os sindicatos em todos os estados se reúnem para repassar a proposta para a categoria. Na Bahia, a assembléia está marcada para as 16 horas, na Praça da Inglaterra, Comércio.
Acúmulo - Nos 16 dias de greve, 1,5 milhão de correspondências deixaram de ser entregues na Bahia, de acordo com a assessoria da ECT no estado. Eles afirmam que não houve acúmulo entre as encomendas prioritárias, como malotes e sedex.
Já em todo País, são 126 milhões de correspondências e 400 mil encomendas sem entregar. De acordo com a assessoria nacional da ECT, o fluxo de postagem nesse período foi de 360 milhões de correspondências e 8,7 milhões de encomendas.
Quem deixou de receber boletos de cobrança pode pedir a segunda via através da internet, telefone ou em postos da empresa responsável pela cobrança. Cartão de créditos podem ser pagos sem a fatura, basta apresentar o cartão a um caixa da agência bancária. De acordo com o Procon, o não recebimento do boleto não é justificativa para o consumidor não pagar uma dívida.
Fonte: A Tarde online
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